Av1 - História Contemporânea: do Século Xviii ao Xix

 1) "Sou servido ordenar interina e provisoriamente, enquanto não consolido um sistema geral, que efetivamente regule semelhantes matérias, o seguinte. Primo: que sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas, e mercadorias transportadas, ou em navios das potências, que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa, ou em navios dos meus vassalos, pagando por entrada vinte e quatro por cento; a saber: vinte de direitos grossos e quatro do donativo já estabelecido, regulando-se a cobrança desses diretos pelas pautas ou aforamentos, por que até o presente se regulam cada uma das ditas Alfândegas."

A Carta Régia acima estabelece, a partir das ordens de D. João VI, Rei do Brasil e de Portugal, a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Sobre esse documento e as circunstâncias que motivam sua redação, podemos afirmar que:


Alternativas:

  • a)

    A principal nação amiga do Brasil, nesse momento, são os Estados Unidos da América, garantidores da liberdade brasileira pela Doutrina Monroe.

  • b)

    O objetivo da abertura dos portos é reestabelecer o lucrativo comércio entre Brasil e França, ainda no fim das Guerras Napoleônicas.

  • c)

    Trata-se de um dos primeiros passos no estabelecimento de parcerias econômicas regionais, já que os portos brasileiros se encontram abertos, a partir de sua publicação, a produtos argentinos, chilenos e venezuelanos.

  • d)

    Representa a atuação independente e soberana dos reis portugueses em temas econômicos, preservada com sua vinda para o Brasil.

  • e)

    A abertura dos portos é o "pagamento" pela proteção inglesa nas Guerras Napoleônicas; sua principal função é garantir aos ingleses acesso direto à produção e às riquezas naturais brasileiras.

    Alternativa assinalada
2)

“A Revolução Francesa não foi feita ou liderada por um partido ou movimento organizado, no sentido moderno, nem por homens que estivessem tentando levar a cabo um programa estruturado. Nem mesmo chegou a ter ‘líderes’ do tipo que as revoluções do século XX nos têm apresentado, até o surgimento da figura pós-revolucionária de Napoleão. Não obstante, um surpreendente consenso de ideias gerais entre um grupo social bastante coerente deu ao movimento revolucionário uma unidade efetiva. O grupo era a ‘burguesia’; suas ideias eram as do liberalismo clássico, conforme formuladas pelos ‘filósofos’ e ‘economistas’ e difundidas pela maçonaria e associações informais. Até este ponto os ‘filósofos’ podem ser, com justiça, considerados responsáveis pela Revolução. Ela teria ocorrido sem eles; mas eles provavelmente constituíram a diferença entre um simples colapso de um velho regime e a sua substituição rápida e efetiva por um novo.”

Sobre os filósofos mencionados por Hobsbawm, suas importâncias no desencadear da revolução e suas motivações, é correto dizer que:


Alternativas:

  • a)

    Pertenciam, mais das vezes, à nobreza, reproduzindo o modo de vida e as ideias dessa camada social.

  • b)

    Afeitos ao liberalismo clássico, pautavam-se por uma crença exacerbada na infalibilidade do mercado; defendiam a privatização de setores da iniciativa estatal na França.

  • c)

    Representavam os anseios da burguesia educada, necessárias à manutenção do Estado Absolutista. Desempenhando funções essenciais à organização desse mesmo Estado, os filósofos lentamente ganhavam espaço, defendendo os ideais iluministas.

    Alternativa assinalada
  • d)

    Além dos dois grupos representados, há um expressivo setor de matemáticos engajados na Revolução, inconformados com as condições do ensino da disciplina na França absolutista.

  • e)

    Pertencem principalmente ao clero, camada social ocupada da reflexão e preservação do saber, no período.

3)

“Numa época de inovação, tudo o que não é novo é pernicioso. A arte militar da monarquia não nos serve mais, pois somos homens diferentes e temos inimigos diferentes. O poder e as conquistas dos povos, o esplendor de sua política e de suas guerras sempre dependeram de um único princípio e de uma única instituição poderosa… Nossa nação já tem um caráter nacional próprio. Seu sistema militar deve ser diferente do de seus inimigos. Muito bem. Então: se a nação francesa é terrível devido ao nosso ardor e capacidade, e se nossos inimigos são desastrados, lentos e frios, então nosso sistema militar deve ser impetuoso.”    

Proferido ainda em 1793, o fragmento acima enuncia uma importante mudança na forma do Estado francês a partir da Revolução, qual seja:


Alternativas:

  • a)

    A mudança nas finanças públicas, organizadas em torno da figura do Banco da França.

  • b)

    As medidas sucessivas de distribuição de terra, fundamentais no alistamento de novos contingentes militares.

  • c)

    A mudança estrutural na organização e atuação do exército, agora composto de cidadãos e dedicado ao propósito de defesa da nação francesa.

    Alternativa assinalada
  • d)

    A vinculação entre exército e religião, com a presença de capelães entre as tropas.

  • e)

    A ascensão de Napoleão Bonaparte, que certamente serviu de inspiração para o discurso de Saint-Just.

4)

“Que ser inteiramente "material" deve necessariamente se tornar um homem que faz a mesma coisa durante doze horas, quase todos os dias de sua vida, com exceção do domingo?”   

A passagem acima faz referência a um dos grupos sociais mencionados nessa seção. Trata-se dos          


Alternativas:

  • a)

    Burgueses, empenhados na busca do lucro e na expansão de seus negócios.            

  • b)

    Camponeses, oprimidos pela nobreza francesa e pelo repetitivo trabalho cotidiano.    

  • c)

    Nobres, cansados da rotina enfadonha da corte.          

  • d)

    Trabalhadores industriais, reduzidos a apêndices das primeiras máquinas.          

    Alternativa assinalada
  • e)

    Iluministas, desiludidos com os rumos tomados pela revolução.          

5)

“Por todos os lugares barricadas enormes, possantes, muito aproximadas. Os bulevares juncados de árvores tombadas em todas as direções. Estas inumeráveis fortificações interiores elevadas num momento confundem de surpresa. Uma aglomeração armada corria as ruas à solta; todos tinham um aspecto animado, mas sem sinais de desordem. Houve um extremo cuidado em evitar que o povo cometesse qualquer tipo de pilhagem, ou de se apossar de algo, a não ser de alguns vinhos da realeza. Chegou-se mesmo a fuzilar vários indivíduos que carregavam objetos consigo. (…)

Domingo, 1o de Agosto – Paris está em um estado inacreditável. Uma revolução de consequências imensas, uma revolução completa do Estado e, ao cabo de três ou quatro dias, uma tranquilidade uma segurança completas! É um milagre! Sim, é um milagre!”

A passagem acima, relato de uma testemunha ocular de um dos importantes momentos da história do século XIX, relata os acontecimentos da:


Alternativas:

  • a)

    Revolução Industrial.

  • b)

    Revolução de Julho de 1830.

    Alternativa assinalada
  • c)

    Revolução Burguesa.

  • d)

    Guerra de Independência Norte-Americana.

  • e)

    Revolução Francesa.

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